«Ninguém pode livrar as pessoas da dor, mas será bendito aquele que fizer renascer nelas a coragem para suportá-las»
RSS

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Porque há pessoas que vivem com um buraco?

... A confiança é muito complicada para as pessoas que não foram adequadamente supridas no início da sua vida. Essas pessoas guardam na sua personalidade algumas das carcterísticas de bebé.
Por vezes, quando eram bebés, as suas necessidades básicas não foram supridas e estas pessoas adultas vão em frente na vida com um buraco aqui, outro ali, com uma enorme sensação de privação. Inconscientemente recusam-se a crescer, como que esperando pelo que tinham direito (quando eram crianças) e não receberam. Estas pessoas, adultas, pensam constantemente que toda a gente, e a toda a hora, lhe devem alguma coisa. Por exemplo, elas acham que deveriam ter um emprego, mas que não deveriam ter que procurá-lo. Que as coisas de que precisam deveriam vir até elas, porque elas têm o direito de serem cuidadas.
Calma aí!!!!... Isto é lógico para um bebé. Mas para uma pessoa adulta não faz sentido. Porque agora ela é a única responsável pela sua vida. A mãe que ela não teve, não teve. Iclusivé essa pessoa idealiza muito a mãe. Imagina-a muito maior e muito mais perfeita que a mãe possível. Alguém que está ali só para ele. Esta pessoa adulta é normalmente uma pessoa extremamente exigente, crítica e reivindicativa. Porém, na hora de construir alguma coisa, tem atitudes de bebé. Sim, porque o bebé não precisa de construir nada, porque ele é ainda um ser em potencial. O mesmo já não se pode dizer desse adulto, porque de uma pessoa adulta espera-se que ela construa, realize... Só que é dificil para este tipo de pessoas entrar em contacto com o seu «buraco».
Na verdade ela tem um buraco real na sua personalidade, e isto vê-se até mesmo na sua postura fisica: pernas frágeis, às vezes finas em baixo, e com pouca energia; ou às vezes grossas, mas que não revelam força. O peito curvado para dentro que revelam a dificuldade de acreditarem em si mesmas...
Esta postura frágil vem muito da relação precária que teve com a mãe. Sobretudo de ter sentido o seu coração pouco nutrido o que aumentou muito a sua carência afectiva.

0 comentários:

Enviar um comentário