«Ninguém pode livrar as pessoas da dor, mas será bendito aquele que fizer renascer nelas a coragem para suportá-las»
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sexta-feira, 7 de maio de 2010

A aventura de parar sobre as próprias pernas

Todas as filosofias de crescimento pessoal, acho que concordam num ponto: nós só crescemos quando somos capazes de parar em pé sobre as próprias pernas. Quem não está de pé sobre as suas pernas, está dependurado. Dependurado numa pessoa, numa ideologia, numa ilusão, num curso, num cargo... É uma sintuação incómoda. O outro pode ir embora, a ilusão se desvanece e tu esborrachaste no chão. Viver dependurada, sem pernas próprias, é no fim muito doloroso. Especialmente nos tempos de grandes crises e fragilidades, quando o chão treme um pouco para todas as pessoas. Tu está muito bem no colo de alguém ou de uma situação. Mas se, de repente, alguém grita: FOGO!, tu nunca sabes se a pessoa que te segura te vai deitar ao chão para fugir a correr e salvar a sua pele. Nas crises mais do que nunca se descobre o quanto é essencial estar sobre as próprias pernas.
Mesmo assim, ficar no colo parece que é uma velha tentação do ser humano. Vamos analisar um pouco como isso começa. Porque estar no colo nem sempre é perigoso. Para a criança, estar no colo, ser dependente é normal e saudável. Mesmo no útero da mãe ela não é totalmente dependente, visto que para sobreviver precisa fazer diversos movimentos nos quais em nada a mãe pode interferir... Quando nasce a criança vive naturalmente dependurada no seio da sua mãe... e é bom lembrar que também a mãe também está dependurada nela. Há aqui uma troca de energia incrível entre as duas. Passada essa fase a criança começa a caminhar e a libertar-se da mãe, porém... (cont.)

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